Leituras Agora!
Leiam, meus jovens, leiam!
Leiam meus jovens, leiam muito. É o que vos peço e ensino, motivado que estou – como Nietzsche – nessa derradeira “tentativa de ser útil àqueles que merecem ser iniciados oportuna e seriamente no estudo da filosofia” (frag. 159, pag. 53 do Livro do Filósofo). Segue o texto…
Leiam meus queridos, leiam sempre. Escolham e adotam um desses grandes filósofos, sejam clássicos ou atuais, para que sejam a luz de vossos olhos sejam as sombras de suas certezas.
O contraste será magnífico. Suas almas – corpos e mentes – irão revelar-se mais plenamente. Saberão quão belas suas juventudes, suas peles e vozes, aveludadas tanto quanto enrugadas, das belezas mais lindas e as fortunas mais sábias.
Leiam, desesperadamente, peço-lhes. Leiam até que o céu de suas vidas desça à terra e torne vossos passos, dias e instantes, tão cheios de coragem e forças como se fossem tocados pelas mais trópicas alegrias. Eis os que lhes ensino, e apenas isso, agora, para sempre. Leiam!
Leiam. E encontrarão as alegrias do pensamento original. Não qualquer pensamento ou pensamentos quaisquer, por vezes disfarçados em conhecimentos. Mas o pensamento original, o pensamento dos pensamentos, o pensamento do retorno ao pensamento, todo esse “oceano de alegria” (frag. 181, p. 82 do LdF).
Eis o que lhes ensino: leiam e afastam-se da “infame pretensão da felicidade” a qualquer custo, leiam e deixam de tagarelar e praguejar sobre vossos desencontros causados pelo excessos de aparecer de maneira apenas decorativa ou vulgar, enfraquecidas que estão pelo excesso de contentamento e forças desinibidoras. .
Isso que lhes proponho exigirá uma boa disposição para a vida superior e singular, mas é preciso que vos aprendam, dobrar a língua, driblar a linguagem e seguir a leitura.
Driblar a linguagem – eis o que chamo de arte. Arte, como a poesia do poeta fingidor; poesia, como a filosofia do filósofo escritor. A poderosa mentira, a arte da mentira, a alegria da mentira: “De olhos fechados, vejo tantas imagens mutáveis” … segue o nosso filósofo: estas são produzidas pela imaginação e sei que não correspondem à realidade. Então creio nelas enquanto imagens e não enquanto realidades. Superfícies, formas.
A arte detém a alegria de nos despertar das crenças por meio das superfícies: mas não sons .. Pois então a arte cessaria (pág. 83/184,
É ridículo levar tudo tão a sério – inclusive o filósofo (frag. 189, pag. 86) e este que vos escreve esta leitura utópica que apenas resgata e indica um outro gênero de vida, que é ao mesmo tempo filosófico, poético e musical. Assim denomino as Tropicas Alegrias, essa filosofia criança, essa arte futura. Ou seria arte criança: aprender; filosofia futura: viver!!!
Eis o que vos ensino: leiam! Esta continua sendo a tarefa das tarefas: “mostrar como a vida, a filosofia e a arte podem manter uma com a aoutra uma relação de profundo parentesco, sem que a filosofia se torne aborrecida nem a vida (do filósofo) mentirosa.
Pois é falsa a oposição asiática entre vida prática e vida contemplativa. Os gregos compreendiam melhor as coisas (frag. 193, pag. 90, LdF). Leiam tudo isso. Isso sim deverá ser lido e aprendido de cor, como o corpo do filósofo, a cor do poético que faço agora convosco: leiam-me!
BREVIÁRIOS
Abrir caminho – endereçamentos María Zambrano
Convites para pensar!
Das virtudes capitais
Desenhos e inventos!
Filósofos Inovadores – 1
Filósofos Inovadores – 2
Filósofos Inovadores – 3
Filósofos Inovadores – 4
Leituras Agora!
O escritor e sua sombra
O tempo ao seu lado
Sobrevida doadora
Written by : José Paulo Teixeira
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Donec fringilla nunc eu turpis dignissim, at euismod sapien tincidunt.