Cidade escola

Cidade escola

Há pelos menos 20 anos exerço esta apaixonante
e interminável arte de educar e o ofício de educador – o ofício de polir mentes e gentes, a começar por nós mesmos. A arte de ensinar, portanto, acontece ao mesmo tempo que a arte de aprender. Por toda a vida. Mas este encontro de mestres e aprendizes, educadores e jovens, não acontece apenas na escola formal. O ato de educar é antes de tudo um encontro de pessoas e projetos, onde as histórias de cada um são enriquecidas, se confundem e ganham significados com as histórias e sonhos de outras pessoas nas cidades em que vivem. O conceito de cidade escola nasce destes três encontros gratificantes, individual e social, do educador com seus alunos no âmbito da escola e, desta, com a cidade.

Foi assim que, desde os grupos de jovens de minha primeira juventude, passando pela universidade e organizações civis e, agora, em plena segunda juventude, beirando a terceira juventude que começa aos 50, com a formação de líderes e profissionais para atuar em projetos sociais e no terceiro setor. Desta forma continuo em busca do aprimoramento deste ofício: formar pessoas. Por ser algo que começa “por dentro” das pessoas, num interminável recomeçar, a educação é uma arte difícil, reconhecida como essencial e nem sempre tratada com o devido valor.

Cidade escola: encontro da pólis com a paidéia

José Paulo Teixeira. – Florianópolis: Cidade Futura, 2004

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